quarta-feira, janeiro 28, 2004

"TUDO O QUE EU PERDI EM ITALIA... OU NAO" (2° série), ep.2

Olàààààààà exclamosos e exclamosas.
Bem sei que os dias passavam, passavam, e continuavam a passar... e voces pensavam que esta semaninha é que tinha sido, hem?!... que era desta que se safavam de mais um episòdio da esponjosa rubrica semanal do nosso intrépido e dedilhoso heròi Bonga... mas nao foi!!!!
Todavia, e ao contràrio do que sempre (!) veio sendo habitual, nao é nem com o arrufo de tambores, nem com a vivacidade e a alegria de sempre, nem tao pouco com o ambiente frenético pròprio das festas populares (com foguetes e algodao doce a preço de ocasiao) que o vosso vovo Cantigas de serviço vos traz mais um pedaço da vida do nosso monitorizado heroi, no segundo capitulo da trama que (jà!) apaixonou tantos e tantos milhares de leitores, a saga blogomailizada "TUDO O QUE EU PERDI EM ITALIA... OU NAO!".
A triste e dolorosa verdade é que o vosso carismàtico vovo està "CHOCADO"! (isto quase a fazer lembrar a semanal escolha de Pedro "Santanàs" Lopes no Jornal da Noite da Sic) com o sucedido ao Miki... Ver aquelas imagens, uma, duas vezes, reve-las depois em "slow motion", assistirmos aos comentàrios frios (!) de pessoas avalizadas na matèria (como foi o caso do dr. Manuel Antunes), assistirmos aos comentàrios quentes (e emotivos!!) de pessoas simples... sentirmos arrepios de cada vez que abrimos um jornal, que como que orquestra os nossos sentimentos e ostraciza a nossa racionalidade... assistirmos a tudo porque queremos saber um pouco mais, desviarmos o olhar porque jà nao queremos saber mais...
No final de tudo, e quando passa (qual "flash") aquela sensaçao de que o que presenciamos nao foi sonho, mas antes algo real e pròximo, porque assitido ao vivo, de um rosto conhecido, de um olhar gelado para o infinito, de tudo isto que nos deixa uma (quase) obrigaçao moral de pararmos e de reflectirmos sobre a vida que vamos vivendo, sobre as escolhas que fazemos, sobre os erros que cometemos (e os que nos coibimos de cometer por falta de coragem), por tudo o que està ao nosso alcance... para que nao nos sobre, qual réstia de vergonha e de moralidade, aquela sensaçao de revoltosa impotencia, de inanimada consternaçao, sobre a avarenta vida, de esporàdica azàfama, que vamos levando!
Tudo o mais que vos possa dizer sempre soarà a colagem, sempre se assemelharà a um subordinado jogo de palavras jà ouvido em qualquer lado, sempre se adequarà a uma qualquer perda abstracta...
Se é bem verdade que a maior parte das coisas màs (e, infelizmente, nem todas as boas!) da vida sò aprendemos com as cabeçadas que vamos dando, pois que nos foi ensinado que assim também se aprende, permitam-me que vos diga o seguinte: "Esta merda de vida nao faz, nunca fez e nunca vai fazer sentido... por isso glorifiquem tudo o que a vida tem de bom: a promiscuidade, a rambòia, a obesidade descontrolada, o excesso de tempo e a escassez de compromissos", porque se é bem verdade que no médio-longo prazo tudo o que conseguirem conquistar na vida se deverà ao metòdico esforço com que a conduziram, a derradeira e (para alguns) devastadora realidade (e podem crer na minha conhecedora consideraçao de vovo que jà viveu tudo... ou quase!) é que no longo-longo prazo as boas recordaçoes que terao da vida nunca estarao relacionadas com o que alcançaram com o trabalho, mas sempre com os momentos que descomprometidamente viveram felizes (uma tarde no café a jogar às matriculas e a virar minis, quando se devia estar a estudar; uma noite de parvoeira assim ao estilo neo-infantil; uma manha, a fugir para a tarde, em que nao reconhecemos o rosto que acorda do nosso lado)... e sao esses que vos vao "assolar", num "flash!" repentino, no dia em que a vossa vida vos passar à frente num singelo segundo.
Bom, posto isto sò me resta mesmo contar-vos que o nosso estudioso e templàrio heròi fez ontem (giorno 27) o seu primeirissimo exame oral (mas calma seus madeireiros rudes do campo, que tal exame se refere a uma avaliaçao de conhecimentos por via oratòria e nao està relacionada com a frase que muitas e muitas vezes ouvem junto ao rio, berrada como quem entoa a venda de peixe na lota: "ò filho, oral e baginal, pra si... faço a bintecinco aèrios") e para nao destoar do dia em que o fez teve... 27!!! (nota: a escala por terras de Don Berlusconi varia de 1 a 30 - o problema no regresso serao as equivalencias, mas tudo a seu tempo).
Ontem, pela noite, o nosso dromedàrio heròi Bonga là foi dar um giro, e impressionar os presentes com o seu inconfundivel estilo "jòne trabolta", à casa de dança "Casablanca", onde pode constatar que, a acrescentar ao "molho" de norte-americanos que chegaram (sò agora!) para fazer erasmus em milano (e que escusado serà dizer se mantem vivos por um processo de combustao elaboradissimo de oleos e outras substancias afins que se encontram, apenas!, em batatas bem (!) fritas e em hamburgueres), que o ambiente noctivago està ao rubro, com cenas de sexo ao vivo... ou quase, eh eh!!
Para terminar, e no seguimento do que fora jà estatuido no primeiro capitulo desta segunda serie, cà fica, em retrospectiva e formato "tarot", a semana do nosso petiscoso heroi. Semana de 17/01/2004 a 27/01/2004:
Amor: ***
Trabalho: ****
Saude: **
Espondilose: ***
Soninho: *
E assim se conta mais um episòdio desta sacrilégica trama, sobejamente relatada pelo vosso adorado vovo Cantigas (que ainda cà anda apesar do frio polar que me calcina o esqueleto e me aperta com o reumàtico), com a sentida esperança que este episòdio vos tenha dado que pensar sobre o tempo que estao a perder a ler esta pocilgada, de uma mediocridade insanàvel e que, pela primeira vez, vos surpreendeu por nao ser toda ela disparatada... ou entao nao!!
Até para a semana meu seboso(a) publico.
Xau xau

segunda-feira, janeiro 19, 2004

"TUDO O QUE EU PERDI EM ITALIA... OU NAO" (2°série), ep.1

Olàààààààààà lugubriosos e lugubriosas, bexigosos e bexigosas.
Entao muito bem vindos ao ano do Senhor de 2004 desta quarta Era no seu
terceiro milénio que todos esperamos nos traga mais alegrias, muito mais
dinheiro, muito (mas muito!) mais SEXO e a mesma saudinha para aproveitarmos
tudo o que acabamos de desejar...
Parece mentira, mas a realidade por vezes é mesmo melhor que a ficçao e,
como nos comédias romanticas hollywoodescas, também o desenlace do imbròglio
que separava as duas partes responsàveis pela feitura de tao empaleadora
obra (a saber, o Conselho de Direcçao e o narrador-vovo) conheceu um epilogo
feliz (pois que me foram garantidos os fundos de maneio sem os quais nao
mexeria uma palha!).
Assim sendo, cà està de volta, mais graduado e enrugado que nunca, o vosso
carismàtico (e asmàtico!!) vovo Cantigas que , nao obstante a demencia
propria da idade, cà està para vos contar as aventuras e desventuras do
nosso aglutinador heroi Bonga na continuaçao da salomònica saga (agora
renomeada) "TUDO O QUE EU PERDI EM ITALIA... OU NAO", no seu primeirissimo
capitulo!
No decurso de algumas criticas (?!!!) que o nosso departamento, e
pessoalmente o nosso afamado editor, recebeu (em maos, algumas delas!) pela
forma como a ovacionada serie era contada (com o uso e abuso duma linguagem
heròica e/ou épica quase ao estilo do saudoso Luis "Vasos" de Camoes) pensei
em adoptar um estilo literàrio assim... mais "na onda" duma excepcional
escritora dos nossos dias que, para mal dos nossos pecados, calhou em ser
portuguesa (!) e que assina Margarida Rebelo Pinto, uma literatura pop
(quase pop-rock se è que tal existe), de fàcil absorvimento para algumas das
cabeças que de 7 em 7 dias tem o privilègio de ler tao conseguida rubrica,
dado que o grau de exaustao (e erosao mesmo, que conheço 2 casos!!) as levou
a suplicar por uma simplicidade documental que o vosso dengoso vovo nao
sabia, à partida, se conseguiria. Contudo fiz-me à estrada na desesperada
tentativa de vos contar tudo (ou quase!) naquela linguagem que nao obriga a
nenhum esforço mental, uma linguagem onde abundassem expressoes como: "e ele
agarrou-se nas tetas dela à bruta", ou "quando lhe deu a conhecer o seu
monstruoso penis ela sorriu e tremeu virginalmente", ou ainda "enquanto
fumava o 3° cigarro da noite enrolava delicadamente o seu farto capim e
sentia, assim como quem sente um arrepio na espinha, que algo de profundo a
ligava a Africa, mae Africa , onde a nossa lingua andou a lamber os
caminhos..."
Nao consegui!! Algo nao me soava bem!...
De qualquer modo, nao podia parar jà de tentar, nao ao primeiro revés, pois
que me nao saiam da cabeça, nela ecoavam quais latidos agudos de um cao
vizinho pela madrugada em noite de insònias, as palavras do meu bom amigo
Capitaozinho Roby que, num acto de desespero e algum (mas pouquito!) alcool
nas veias, pouco receptivo à prodigiosa produçao èpica da trama, me atirou
um pedido que à partida estranhei mas que agora transcrevo: "eu nao preciso
de ler a trama desse famigerado heroi Tonga, ou Longa, ou Xonga sò preciso
de saber que pensaste em mim e que me enviaste um mail, ainda que em
branco!"
Senti-me devastado, humilhado e reprovado... Mas nem assim achei que tal
devesse ser o ponto final para a missao que me fora confiada! Uma missao de
conduçao evangélica, de uma luz intensa e branca num mundo cada vez mais
escuro e temoroso... Tal desaforo sò me deu mais força para continuar! E
assim o fiz...
Continuava a precisar de "algo bom" que, de uma forma mastigada, abrangesse
o gosto de todos os meus leitores... As horas passavam... Quando estava jà
desesperado por nao alcançar nenhum resultado, veio-me à memòria um dos meus
espaços televisivos preferidos, magistralmente apresentado por uma senhora
da radio e da tv, e que como jà todos devem ter adivinhado responde ao nome
de Maya (nao a abelha leitosa e roliça que, enquanto comiam papas por nao
terem, ainda, dentes para as sandes de linguiça e de toucinho com que hoje
os meus leitores(as) se deliciam, bem sei!, defronte daquele aparelhinho
màgico dizia valentes patacoadas e nos entretia a todos com o seu repentino
bater de asas e mais ainda com o seu famosissimo "shake" do ferrao, a fazer
lembrar aquela pecaminosa tentaçao que é o Sambòdromo; mas antes a
reputadissima taròloga - cujo programa faz, ainda, parte do meu saudosismo
infantil). Assim sendo, e para "aquelas" (nao as outras!) mentes, digamos de
uma forma gentil e sem quaisquer ofensas, BURRAS que se perdem no meio de
tanto adjectivo e de tanto parentises, resolvi orquestrar uma sintese
semanal (o que tambem constitui uma inovaçao desta 2° serie) em formato
"tarot", numa rubrica que funciona, nao em previsao da semana, mas, ao
inves, em retrospectiva da mesma. Deste modo resolvi classificar cada um dos
sectores mais importantes da vida (num sentido astròlogo) do nosso audacioso
e trapaceiro heroi Bonga numa escala que varia entre uma e cinco estrelas...
para que essas cabeçitas possam repousar, nao pensar muito e mesmo assim
saberem como passou a semanita do nosso insolente heroi. Deste modo, cà fica
a primeira semana relatada neste novissimo formato: Semana de 07/01/2004 a
15/01/2004:
Amor: **
Trabalho: ****
Saude: ****
Espondilose: *
Soninho: ***
Posto isto, para vos contar da semana do nosso Bonga, e como novidade
rocambulesca, sò tenho mesmo o facto de o nosso nòmada e repolhoso heròi jà
nao estar a morar para là de onde Judas perdeu as botas, mas antes (e numa
transferencia relampago) mesmo (!) no centro de Milano. Ah pois é!! Quem tem
o rabinho virado para a lua... "Adesso" o nosso jovem playboy coabita com um
italianinho de gema (che si chiama Stefano) num quartinho assim a roçar o
estilo minimalista... mas com uma vista para a torre velazca que é uma
categoria!!!
De resto o nosso sigiloso e insubordinado heròi està a passar por um retiro
espiritual, numa simbiose indiscritivel e inanarràvel com o mundo que o
rodeia, o mundo da escolinha, por forma a que melhor possa compreender o
valor de um "trenta è loro" (o equivalente em terras lusas a um... 20!!!).
Bom, meu encastrado e fidedigno publico(a) tenho que me por a abrir porque
hoje é dia de festa (e o mesmo se passa com o dia de amanha, penso!) e nao é
ficando aqui a escrever esta "molhanga literària" que fico mais novo. O
tempo urge!...
Até para a semana
Xau xau