quarta-feira, fevereiro 11, 2004

"TUDO O QUE EU PERDI EM ITALIA... OU NAO" (2°série), ep.3

Olàààààà perdigueiros e perdigueiras, farinheiros e farinheiras.
Uma semana passou e o vovo nao escrevia... e depois dela um dia mais... e
depois mais outro... e outro... Pois é, mas ao finalzinho de duas semanecas
cà estou eu de volta, o vosso màsculo e pelicano vovo Cantigas para vos
apregoar, qual pregao da lota de matosinhos, as desventuras do nosso
canastrao heròi Bonga, no terceiro episòdio desta infindàvel (!) saga "TUDO
O QUE EU PERDI EM ITALIA... OU NAO", uma trama que depois do ultimo capitulo
là voltou a receber os mais rasgados elogios da critica especializada, que a
aponta jà como uma das obras na linha da frente para o prémio Pulitzer (o
vosso vovo agradece a preferencia -- afinal, voces là sabem o que "comem",
mas depois nao me vao para casa com dores de barriga, estupores!!).
Esta semana, e como passou a ser uso e costume desde o despontar desta
segunda série, trago-vos mais uma problematizaçao socio-relacional, das
muitas que semanalmente me assolam "us cabéça", e que consiste na brilhante
constataçao de que se tivessemos uma cauda (assim ao estilo canino) tudo o
que conhecemos como etiqueta social estaria ultrapassado!
Mas deixem-me ir com calma, atè porque a artrite me prende alguns dos
movimentos da mao direita, para que melhor vos possa explicar as inumeras
vantagens duma cauda num ser humano.
Em primeiro lugar, uma cauda é sempre (e esta é a minha opiniao de vovo, que
como tal gosta obrigatoriamente(!) de todos os animais e/ou criançinhas - é
um requisito nao sujeito a discussao - , pois que se assim nao fosse
deixaria, automaticamente, de poder participar nas excursoes do INATEL a
Fàtima, bem como deixaria de poder comprar os medicamentos na Farmàcia do
sr. Silva, que é dono orgulhoso de 2 caes rafeirotes e 5 gatos "perxas", sem
as respectivas receitas!) um elemento ornamental, um adorno natural, uma
jòia ancorada. E é, por essa mesma razao, que nao me coibo de reivindicar
esta insuficiencia humana, para que do debate e da discussao publica surjam
os alicerces geneticistas para que nas proximas geraçoes os nossos
bezerritos jà nao tenham de viver com este sentimento de inferioridade em
relaçao aos restantes animais.
Em segundo lugar, as vantagens, em termos de sociabilizaçao, de um possuidor
de uma cauda sao infinitamente superiores às de um comum ser humano... Aos
cépticos eu deixo sò uma pincelada do lirismo mundano que adviria se todos
tivessemos caudas absolutamente emotivas, completamente desligadas de
qualquer filtro racional e que, como tal, actuariam mesmo contra a nossa
vontade (intelectual). Se assim fosse, e bastarà pensarmos num qualquer
canideo (que predominantemente responde a estimulos instintivos, pois que no
imediato momento em que avista o seu dono, automaticamente, se vislumbra um
movimento - nao filtrado pelo pequeno cérebro - de abano de cauda) a
hipocrisia social e o oportunismo conheceriam o seu fim!!! Nao mais
passariamos por situaçoes de desconforto aquando da apresentaçao de uma
"bella ragazza" que nos atira: "foi um prazer conhecer-te", pois que
bastaria olharmos para a sua cauda (e à ideia salta-me uma cauda de um
labrador, com cerca de 25 cm) para percebermos pelo movimento desta se
aquele comentàrio seria ou nao sentido: se a cauda abanasse, qual bussola
desmagnetizada, a veracidade das palavras estaria comprovada; se, pelo
contràrio, a cauda se refugia-se por entre as pernas, facilmente nos
assaltaria a consideraçao de que, pelo menos para aquela pessoa, um susto
produziria os mesmos efeitos que a nossa presença.
Em terceiro lugar, uma cauda é fantàstica para enxotar moscas enquanto
estamos defronte do televisor a ver os jogos do benficao (comando na mao
esquerda e na direita uma dose de "minuins", que com destreza descascamos e
metemos à boca - sobra ainda a "jola" aos nossos pés, mas para esta nao
falta uma mao porque uma mao a mais sò serviria para a aquecer - deixem-na
estar onde està e concentrem-se nas moscas!), ou entao a ver, pela
nonagésima vez, clàssicas reposiçoes como "O Barco do Amor" ou "A Balada de
NY".
Enfim, com o recurso a estas tres premissas bàsicas (e com a consciencia de
que muito mais haveria para dizer) espero, pelo menos, ter construido as
fundaçoes edificantes para uma discussao revolucionante de todos os
quadrantes societais.
Posto isto, apenas me resta contar que nestas (quase!) duas semanitas, o
nosso embutido heroi pouco fez... De noite em noite là foi andando,
reservando sempre um bocadito do dia para se instruir e para (tentar!)
"comprar" (com vinhos raros) os professores, para que estes na hora da
atribuiçao das notas apitem escandalosamente, qual àrbitro ladrao a apitar
penaltys a favor da equipa da casa, para uma nota elevada... mas nao està
fàcil (!), desde que alguem se lembrou de inventar qualquer coisa cujo nome
agora nao me recordo, mas que creio ser conhecida como ETICA!
Para mais, hoje o nosso trambolhoso heroi està (um pouco) dorido dos
inumeros e/ou incontàveis espetanços que "amandou" a fazer, pela primeira
vez, snowboard, numa grande estancia que, pessoalmente, muito me diz e que
se chama PILA!!, situada no Vale d'Aosta, ali como quem vai para a Suiça,
corta à direita e passa pelos Alpes, eh eh! E aqui volta a valer uma
inovaçao que apenas vos dei, meu fiel publico, a conhecer no sexto episòdio
ainda da primeira série, e que é, nem mais nem menos, do que o recurso ao
suporte fotogràfico (pois que, por outra vez, considero que as imagens valem
mesmo(!) mais do que mil palavras que possa escrevinhar). Assim sendo,
roam-se de inveja do nosso nevesticado Bonga.
Para finalizar sò me falta relatar (sempre com as palavras do meu graduado
amigo Capt Roby a ecoarem-me na "mona" e com o intuito de lhe facilitar a
vida - isto é que é amizade!) a semana (e meia) que passou no revolucionàrio
formato "zodiaco", que tao bem aprendi a copiar da minha pomposa mestre Maya
(pois que a sua arqui-inimiga, Alcina Rameiras, a mim nunca me convenceu!).
Assim sendo, aqui fica a semana de 28/01/2004 a 10/02/2004:
Amor: ***
Trabalho:*
Saude: **
Espondilose: ***** (foi das quedas!)
Soninho: **
Percentagem de vinhos, vinhaças (e afins) no sangue: ***
E assim ficaram a saber mais um pouco da vida do nosso pijamento heroi, rei
do snowboard (pelo menos na atribuiçao dos tres primeiros prémios na
variante dos estoiros mais inacreditàveis e/ou indescritiveis e/ou
forquilhantes do fim de semana, pois que neles certamente figurarà o nome do
nosso intrépido heròi), na esperança de que tenha ido de encontro com as
vossas invejas mais sentidas e latentes... Querem boa vida?!, venham de
erasmus e aprendam com as dificuldades, é que na vida nao hà muletas (se bem
que o nosso heroi deva precisar de umas em breve, se aquela dorzita na perna
nao passar...)!! Mas o melhor mesmo é verem as fotografias...
Até para a semana meu descarrilado(a) publico(a).
Xau xau